sexta-feira, 26 de junho de 2009

A PRECE DE UM ÍNDIO


A PRECE DE UM ÍNDIO

Ó Grande Espírito cuja voz eu ouço nos ventos e cuja respiração dá vida a todo o mundo, escutai-me! Eu, um dos Vossos muitos filhos, venho até Vós. Sou pequeno e fraco. Necessito da Vossa força e sabedoria.

Deixai-me ir no caminho da beleza e fazei os meus olhos contemplar sempre o vermelho crepúsculo do Sol.

Fazei as minhas mãos respeitar as coisas que Vós criastes e os meus ouvidos atentos para escutar a Vossa voz.

Fazei-me sábio de modo que eu possa compreender as coisas que Vós ensinastes ao meu povo. a lição que Vós escondestes em cada folha e cada pedra.

Eu procuro força, não para ser superior aos meus irmãos, mas para ser capaz de combater o meu maior inimigo - eu mesmo.

Fazei-me estar sempre pronto para ir até Vós com as mãos limpas e os olhos puros.

E, assim, quando da vida cansado, como o triste ocaso, o meu espírito possa ir ao Vosso encontro sem se envergonhar.

Tom Whitecloud
FERNANDO PESSOA
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso ,ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
.....
Cumpriu-se o mar e o Império se desfez
Senhor, falta cumprir Portugal

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A GUERRA
"APELO"

Que tudo quanto vimos
Que tudo quanto vivemos
Que tudo quanto agredimos
Que tudo quanto sofremos

Se grite bem alto
Aos quatro ventos
Para que o Povo acorde
E todos nos libertemos!

Capitão António Calvinho

In“Trinta facadas de raiva"
Edição: ADFA Pintura pelo pintor KIRO

quarta-feira, 3 de junho de 2009